Belchior

Ano passado eu morri, mas esse ano não morro 

O poeta inesquecível

Belchior – Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro, traz   um ícone da música popular  brasileira, Antônio Carlos Belchior.

O espetáculo pretende ser uma  imersão no pensamento e filosofia desse artista cativante do cenário musical brasileiro. 

A narrativa, construída pelo diretor e dramaturgo Pedro Cadore e Cláudia Pinto, se desdobra a partir de trechos  de entrevistas do próprio Belchior, proporcionando ao público a juventude do artista e suas reflexões sobre o mundo.

 

Belchior é interpretado  pelo ator-cantor Pablo Paleólogo  em atuação que   leva o púbico a cantar   as melodias consagradas do autor, provocando um coro na plateia. 

 

O diretor descuidou da construção da figura e personalidade da personagem Belchior; a  concepção do diretor nos mostra uma figura atlética como um lutador de artes marciais,   enérgico e de tons que não se assemelham aos do  cantor.  O artista que assistimos e de quem lembramos,  conhecido pela cadência e  sensualidade na interpretação de suas canções. 

 

Este Belchior pensado  pelo diretor  perde-se em cena já que o ator  está entregue à personagem e à direção; faltou  diálogo com o artista que se expressa com intensidade e personalidade. 

 

O figurino acompanha o olhar da composição da obra.

 

Bruno Suzano dá vida ao “Cidadão Comum” que é o próprio Belchior, aquele que vive fora do palco e sendo, também,  uma presença constante nas suas canções. Encontra-se neste ponto a interpretação mais equilibrada performando o alter-ego de Belchior. Suzano  brilha singelamente em cena com uma proposta  sensível  e   destaca-se no espetáculo .

Expondo a saudade de um grande artista,  o espetáculo mostra  o comprometimento do cantor com sua América Latina, com o cidadão   médio que  sofre no seu dia a dia, lutando contra sua realidade.

 

Belchior, um poeta atemporal, porque a situação de nossos países  na América Central e América do sul não melhorou muito.

 

Vale  assistir ao espetáculo, relembrar as canções mais conhecidas do poeta-cantor a nos fazer reviver tempos em que os cantores tinham maior empatia com o País e seus cidadãos.

 

Pamela Duncan 

Alice Eugenia  revisão

www.pameladuncan.art.br blog penamento 

 

Teatro Bravos – Rua Coropé, 88 – Pinheiros, São Paulo – SP. Telefone (11) 99008-4859.

Bilheteria física: De terça à domingo das 13h às 19h ou até o início do último espetáculo. 

Capacidade: 611 lugares. Acessibilidade.

 

Temporada: De 4 a 21 de julho  – quintas, sextas e sábados às 21h e domingos 19h 

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